terça-feira, 29 de junho de 2010

São Pedro

Alfredo Volpi


"Em cada uma das três festas juninas acontece o acendimento da fogueira, e cada uma delas tem uma característica especifica. A de Santo Antônio deve ser bem quadrada, também chamada de chiqueirinho; a de São João deve ser bem redonda, de base cônica, se assemelhando a uma piramide; a de São Pedro deve ser em forma de triangulo, da base ao topo. Segundo a tradição, aquele que tiver o nome de Pedro deve acender uma fogueira diante da porta de sua casa neste dia. Através desses costumes, repassados de geração em geração, é que se dá o cultivo das tradições. O folclore nos faz reviver esta cultura milenar anualmente, embora sofra alterações com o tempo."



Uau, imaginem meu Pedro, que também é João, acendendo fogueira diante do prédio, em pleno centro da cidade? haeaahaeuiaa....

domingo, 27 de junho de 2010

O mentiroso precisa ter boa memória.

Marcus Fabius Quintilianus

sábado, 26 de junho de 2010

Meu melhor amigo

Ouviu-o dizer, rindo:

_ Senhor, tenha misericórdia, ela não sabe o que faz. Prontamente retrucou.

_ Por que, se Ele é Onipotente, Onipresente e Onisciente, não pode ouvir meus pedidos? Afinal, a cada um seus próprios ais.

Compreendeu, subitamente que sua relação com Deus tornara-se íntima. Agora Ele participava de todos os momentos da sua vida.Quando saía para viajar, Ele estava ao seu lado. Em momentos de maior estresse, era à Ele que entregava a direção do carro. Lembrou-se da primeira vez em que Lhe pedira que fosse suas mãos, seus olhos, seus pés e sua mente. Estava exausta, dirigindo há horas com chuva pesada e percebendo que ainda faltava muito para chegar, entregou-se à Ele.

Quando saía para uma atividade ou até mesmo para uma conversa mais delicada, era com Ele que se aconselhava. Era a Ele que pedia que estivesse presente e a orientasse, para que colocasse em sua boca as palavras mais adequadas. Ele a acompanhava, a conduzia, estava ao seu lado todo o tempo.

Quando ia trabalhar, colocava a firme intenção de dar o melhor de si mesma e pedia-Lhe para que ela fosse um canal da Sua cura, do Seu saber.

Percebeu que há muito tempo não se sentia só. Era com este Amigo Especial que conversava antes de dormir, que dividia suas inquietações, a Quem pedia luz e coragem. Era com Ele que compartilhava as alegrias e bênçãos, com Ele dançava comemorando a vida, as conquistas. À Ele sentia-se infinitamente grata. Em Suas mãos se colocava, pedindo-lhe que ela quisesse o Seu querer. Era com Ele que traçava estratégias e planos. Buscava a intenção e o objetivo de seus atos. As técnicas de como fazer iam lhe sendo reveladas e então, executava as ações adequadas.

Antes ela também acreditava que Deus era um Senhor tão ocupado que não tinha tempo para banalidades com problemas tão pequenos quantos os dela. Ranços de um tempo antigo, onde acreditava que o Deus que tudo vê podia puni-la. Agora acreditava no Deus magnânimo, misericordioso e todo-poderoso, que a conhecia como ninguém e a amava. Com todo o tempo do mundo para ela e também para quem fosse, bastando para isso pedir. E mais, ao pedir, ativava nela a força da fé, o pedido era sua forma de obter ajuda, acreditar que Ele a ouvia e que ela era importante para Ele, era sua maior benção. Isso não era bom para Ele e sim para ela. Pois a cada pedido seu recebia como resposta mil_ Eu estou aqui!

Ele deixou de ser aquele ser grandioso e distante, que só podia ser encontrado em templos de oração, igrejas, mesquitas, sinagogas. Esta lá também, mas está dentro do seu coração, em cada uma de suas células, em cada respiração, envolvendo-a, permeando-a. Essa é a união: "entre Tu e eu, não há nem eu, nem Tu."

E, sem que seus lábios se mexessem, fez um pedido ao Seu Amigo por aquela pessoa tão querida que estava ao seu lado: que ele descobrisse que também podia pedir, com a certeza de ser ouvido, fosse o que fosse.


Escrito por Virginia

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Além da dor e da alegria

Dor, alegria...
qual a diferença agora?
Onde estão as lágrimas
que possas mostrar ao amado
quando ele chegar?

Se não vertes lágrimas
nem o desejo sentes
olha apenas, e basta.
Contempla esses mundos,
imensos, girando do nada.

Este é o poder
que ainda é teu.

Jalal ud-Din RUMI

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Festas Juninas


Está relacionada com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como “festa de São João”. Tem caráter festivo, quando as populações festejavam as colheitas e faziam os sacrifícios para afastar os demônios da esterilidade, pestes dos cereais, estiagens, etc.



Culto do Fogo: A tradição das fogueiras acesas nos altos dos montes e nas planícies era conhecida de toda a Europa, as danças ao redor do fogo, os saltos sobre as chamas, a colocação nas fogueiras das primícias das colheiras O fogo, representação do sol, ilumina, aquece, purifica, assa e coze os alimentos, prepara vestes e armas, enfim, dá segurança e conforto.




No Brasil, essa é uma das festas populares mais celebradas, com direito a fogueira, quentão, quadrilha e muita alegria. Viva São João!

terça-feira, 22 de junho de 2010

"O fracasso é a oportunidade de se começar de novo inteligentemente."

Henry Ford


Ah, só começando de novo essa equipe francesa. Estou profundamente decepcionada e entristecida. Falta de profissionalismo e ética, contrariando todo o espírito esportivo.Que vergonha!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Roger Bacon

“Há dois modos de conhecimento: através do raciocínio e da experiência.
O raciocínio traz conclusões e nos obriga a concedê-las, mas não provoca certeza nem elimina dúvidas, permitindo à mente repousar na verdade, a não ser que esta seja proporcionada pela experiência”.
Opus maius

domingo, 20 de junho de 2010

Fernando Pessoa,

"Para vencer, material ou imaterialmente, três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar as oportunidades, e criar relações. O resto pertence ao elemento indefinível, mas real, à que a falta de melhor nome, se chama de sorte."

Fernando Pessoa
Viva o Brasil !

sábado, 19 de junho de 2010

Nasrudin

A mulher do mulla estava zangada com ele. Por isso lhe trouxe a sopa fervendo, e não o avisou de que ele poderia queimar-se ao tomá-la.
Mas ela também estava com fome e, assim que a sopa foi servida, sorveu um gole. Lágrimas de dor assomaram-lhe aos olhos. Mas ela ainda esperava que o mulla se queimasse.
— Minha querida, que aconteceu? — perguntou Nasrudin.
— Eu só estava pensando na minha pobre e velha mãe. Quando viva, ela gostava muito desta sopa.
Nasrudin tomou um gole escaldante da própria tigela.
Lágrimas lhe escorreram pelo rosto.
— Está chorando, Nasrudin?
— Estou. Estou chorando ao pensar que sua velha mãe está morta, pobrezinha; e que deixou alguém como você na terra dos vivos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saadi

Um rei estava caçando no ermo em companhia de alguns cortesãos. Como começasse a fazer muito frio, ele anunciou que todos dormiriam no casebre de um camponês até a manhã seguinte. Os cortesãos insistiram em que a dignidade do monarca sairia ferida se ele entrasse num lugar como aquele. Disse, todavia, o camponês: “Sua Majestade nada perderá; mas eu ganharei em dignidade por ser honrado dessa forma”. O camponês recebeu um manto de honra.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fernando Pessoa - Quadrinhas

Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueço de ti.
É um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi.



Dá-me um sorriso a brincar,
Dá-me uma palavra a rir,
Eu me tenho por feliz
Só de te ver e te ouvir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

João Cabral de Melo Neto


O futebol brasileiro evocado da Europa

A bola não é a inimiga
como o touro, numa corrida;
e, embora seja um utensílio
caseiro e que se usa sem risco,
não é o utensílio impessoal,
sempre manso, de gesto usual:
é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mão.

domingo, 13 de junho de 2010

Guimarães Rosa

"Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possí­vel, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdidos no vai-vem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar, é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo."

A ilha deserta

Certa vez um homem muito rico, de natureza boa e generosa, queria que o seu escravo fosse feliz. Para isso lhe deu a liberdade e um navio carregado de mercadorias.
- Agora você está livre - disse o homem. - Vá e venda esses produtos em diversos países e tudo o que conseguir por eles será seu.
O escravo liberto embarcou no navio e viajou através do imenso oceano. Não havia viajado muito tempo quando caiu uma tempestade. O barco foi arremessado violentamente contra os rochedos e se fez em pedaços. Tudo o que havia a bordo se perdeu. Somente o ex-escravo conseguiu se salvar, porque, a nado, pôde alcançar a praia de uma ilha próxima. Triste, abatido e só, nu e sem nada, o ex- escravo caminhou até chegar a uma cidade grande e bonita. Muita gente se aproximou para recebê-lo, gritando:
- Bem-vindo! Bem-vindo! Longa vida ao rei!
Trouxeram uma rica carruagem, onde o colocaram e escoltaram-no até um magnífico palácio. Lá muitos servos se reuniram ao seu redor, vestiram-no com roupas reais e todos se dirigiam a ele como soberano, em total obediência à sua vontade. O ex-escravo, naturalmente, ficou feliz e, ao mesmo tempo, confuso. Ele desejava saber se estava sonhando ou se tudo o que via, ouvia ou experimentava não passava de uma fantasia passageira. Convenceu-se, finalmente, de que o que estava acontecendo era real. E perguntou a algumas pessoas que o rodeavam, de quem gostava, como havia chegado àquela situação.
- Afinal - disse, - sou um homem de quem vocês nada conhecem, um pobre e despido vagabundo que nunca viram antes. Como podem transformar-me em seu governante? Isto me causa muito mais espanto do que possa dizê-lo.
- Senhor - responderam - esta ilha é habitada por espíritos. Há muito tempo eles rezaram para que lhes fosse enviado um filho do homem para governá-los, e suas preces foram ouvidas. Todos os anos é enviado um filho do homem. Eles o recebem com grande dignidade e o colocam no trono. Porém seu 'status' e seu poder acabam quando se completa o ano. Então lhe tiram as vestes reais e o põe a bordo de um barco que o leva para uma grande ilha deserta. Lá, a não ser que antes tenha sido sábio e tenha se preparado para esse dia, não encontra amigos, não encontra nada: vê-se obrigado a passar uma vida aborrecida, solitária e miserável. Elege-se então um novo rei, e assim acontece ano após ano. Os reis que o antecederam foram descuidados e não pensaram. Desfrutaram plenamente do seu poder, esquecendo- se do dia em que tudo acabaria.Essas pessoas aconselharam ao ex-escravo a ser sábio e permitir que suas palavras permanecessem dentro do seu coração. O novo rei ouviu tudo atentamente, e lamentou ter perdido o pouco tempo que havia passado desde que chegara à ilha. Pediu ao homem de conhecimento que havia falado:
- Aconselhe-me, ó Espírito da Sabedoria, como devo preparar-me para os dias que chegarão no futuro.
- Nu você chegou até nós - disse o homem - e nu será enviado à ilha deserta da qual lhe falei. Agora você é rei e pode fazer o que quiser. Por isso mande trabalhadores à ilha e permita-lhes que construam casas, preparem a terra e tornem belas as redondezas. Os terrenos áridos devem ser transformados em campos frutíferos. As pessoas deverão ir viver lá e você estabelecerá um reino para si mesmo. Seus próprios súditos estarão esperando quando você chegar para dar-lhe as boas-vindas. O ano é curto, o trabalho é longo: seja diligente e enérgico.
O rei seguiu o conselho. Mandou trabalhadores e materiais para a ilha deserta, e antes de findar a vigência de seu poder a ilha se transformou num lugar fértil, aprazível e atraente.
Os governantes que o tinham precedido haviam antecipado o fim de seu tempo com medo, ou afastavam este pensamento se divertindo. Ele, porém, o aguardava com alegria, uma vez que então poderia começar sobre uma base de paz permanente e felicidade.
O dia chegou. O escravo liberto que tinha sido feito rei foi despojado de sua autoridade. Ao perder seus trajes reais, perdeu também seus poderes. Nu, foi colocado num barco, e as velas inflaram em direcção à ilha. Porém quando se aproximou da praia as pessoas que tinham sido enviadas antes para lá vieram para recebê-lo com música, canções e muita alegria. Fizeram- no seu governante, e ele viveu em paz.
Tradição oral

sábado, 12 de junho de 2010

MONTEIRO LOBATO


O REFORMADOR DO MUNDO:
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de por defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras. - Asneiras, Américo? - Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, tens a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas, e lá adiante uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jaboticabeira. Não achas que tenho razão? Assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e que só ele era capaz de dispor com inteligência o mundo. - Mas o melhor, concluiu, é não pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores, não achas? E Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais, estirou-se de papo para cima à sombra da jabuticabeira. Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com um mundo novo, reformado inteirinho pelas suas mãos. Uma beleza! De repente, no melhor da festa, plaf!, uma jabuticaba que cai e lhe acerta em cheio no nariz. Américo desperta de um pulo, pisca, pisca; medita sobre o caso e reconhece, afinal que o mundo não é tão mal feito assim. E segue para casa, refletindo: - Que espiga!... Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu? Eu, Américo Pisca-Pisca, morto pela abóbora por mim posta em lugar da jabuticaba? Hum! Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como está, que está tudo muito bem. E Pisca-Pisca continuou a piscar pela vida em fora, mas desde então perdeu a cisma de corrigir a natureza.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Surpresa !


Um brilho de travessura no olhar, frases carregadas de duplo sentido e me vejo surpreendida com direito a uma alegria de criança. Sopro as velinhas com um desejo expresso em meu coração e mente. Brindamos, celebrando vida. Ah, essas meninas adoráveis que em todo seu encanto vão tecendo a teia da vida com fios coloridos e firmes, formando um desenho variado e belo. Obrigada! Está guardada no baú de preciosidades aqui, bem dentro do meu coração.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Muito obrigada!


Mais um ano completo de uma vida repleta de bênçãos. Como um ponto no centro de uma mandala que vai crescendo, ampliando-se em círculos geométricos, atingindo outras esferas, multiplicando-se. A riqueza de pessoas, de carinho, de amor, de atenções, cuidados, gentilezas. Pessoas que partem aqui e ressurgem ali, neste mistério do tempo/espaço, a surpreender e encantar no viravoltear dinâmico que é a própria vida. Os infinitos universos particulares compartilhados profissional e pessoalmente, que me honram e enriquecem. A família original que cresce, unida e cúmplice, nos brindes e nas responsabilidades. A família atual, motivo de orgulho e alegria, dando sentido e inspiração para a vida. Os amigos, compartilhando projetos, ideais, sonhos. Apoiando nos momentos de desânimo, encorajando quando necessário, dando os puxões de orelha na hora certa, vibrando com as conquistas e realizações. Alguns mais próximos no dia a dia, outros mais distantes e, juntos, compartilhando vida. Tanto a agradecer, tanto a compartilhar. Meu muito obrigada a todos e a cada um de vocês que fazem da minha vida essa mandala pulsante de preciosidades e aprendizados.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Deusas gregas


"O panteão das deusas gregas reflete a diversidade e a complexidade das mulheres. Elas nos mostram uma nova maneira de ver a nós mesmas, de uma perspectiva inteiramente feminina. Como mulheres precisamos dessa associação com esses arquétipos grandes, poderosos. À medida que despertamos e buscamos a totalidade, as deusas voltam para nos ajudar na nossa trajetória."


Marlow, Mary Elisabeth - A mulher emergente- ed. Cultrix

domingo, 6 de junho de 2010

Machado de Assis


"Mulheres são como maçãs em árvores. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles tem medo de cair e se machucar. (...)Assim as maçãs no topo pensam que tem algo errado com elas, quando na verdade, eles estão errados...Elas tem que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o alto da árvore."


Tomei a liberdade de suprimir uma frase deste texto, para ficar mais coerente com o que eu penso...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

JAMI

"O silêncio é melhor que falar e escutar. Até quando como um sino clamará e repicará? Por um momento, cala essa conversa vazia. Um tesouro de pérolas da realidade tu não te tornarás enquanto não te tornares só ouvido, como uma ostra. Ó tu cuja natureza foi tomada pela inquietação das palavras, se és do povo do conhecimento, observa tuas palavras! Não solta tua língua a desvelar os segredos do Ser – aquela pérola não pode ser perfurada com o diamante das palavras."

JAMI (Nur Ad-Din Abd Ar-Rahman Jami), também conhecido por Djami

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Quero uma Penseira prá mim!

(Wikipédia, :Lista de itens mágicos da série de livros Harry Potter)

Penseira / Pensatório, é uma bacia de pedra que serve para armazenar lembranças. A penseira que conhecemos na série é um objecto mágico que pertence ao diretor Alvo Dumbledore.

As lembranças: Nos livros é dito que quando se encosta a varinha na cabeça, sai de lá, uma substância como um grosso fio de teia de aranha, nem gasosa nem líquida, branco-prateada. Esta substância brilhante move-se lentamente, parecendo luz liquefeita ou vento solidificado. Assim são as lembranças.

Para que serve: A penseira serve para armazenar pensamentos ou lembranças. Dumbledore usa-o sempre que sua mente fica cheia por excesso de informação. Assim, ele pode avaliar com calma os pensamentos e fazer ligações entre eles.
Ela pode ser usado, para ocultar as lembranças que não deseja que sejam vistas. Também é possível usá-la para mergulhar nos acontecimentos passados através das lembranças de outras pessoas.


Amigos, não seria realmente bárbaro contar com um instrumento assim? Poder retirar seus pensamentos de sua mente e simplesmente observá-los, fazer conexões e encontrar os melhores caminhos?

Nada além do que nos dizem as sabedorias milenares: cabeça vazia!

Simples e prático.

Ah, quero uma penseira para mim!

RABINDRANATH TAGORE

O peixe é mudo na água. A fera é ruidosa na terra. O pássaro canta no ar. Mas, o homem tem em si a melodia da brisa, o tumulto da terra e o silêncio do mar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O quarto crescente

Esse é um livro encantador. Fala dos valores essenciais de tolerância entre os diferentes povos: muçulmanos, judeus e cristãos através da estória de Layla, vivida no sul da espanha, na Andaluzia, na Idade Média.


Através de uma linguagem envolvente, a história mostra o papel da mulher nas diferentes sociedades e como essa jovem ousada vai abraçar a dificil tarefa de ser a causadora do escândalo necessário para que ocorram mudanças.



O espiritismo aparece quase como pano de fundo em algumas questões filosóficas, onde se discutem divergências e convergências das diversas visões religiosas em voga naquela época e lugar.

Muito bom!


O quarto crescente -A contestação feminina influenciando o progresso - de Ana Cristina Vargas ditado por José Antonio, Boa Nova editora .

Nasrudin

Chovia fortemente e o homem mais santo da aldeia corria em busca de abrigo. Nasrudin, ao vê-lo, vociferou:

_ Como ousa fugir da graça de Deus, do líquido dos céus? Como devoto, você deveria saber que a chuva é uma benção para toda a criação.

O homem santo, ansioso em preservar a reputação, murmurou:

_ Não havia pensado dessa forma. E passou a andar lentamente. Chegou ao seu destino encharcado e apanhou um resfriado.

Dias depois, a situação inverteu-se. O homem santo, sentado no beiral da janela, bem agasalhado, viu Nasrudin correr sob a chuva e indagou-lhe:

_ Porque está fugindo das bençãos divinas? Como ousas rejeitar a benção que a chuva contém? Sem dar-se por achado, Nasrudin de pronto, retrucou:

_ Ah! É você que não vê que estou tentando não pisar nas gotas sagradas.