"Em cada uma das três festas juninas acontece o acendimento da fogueira, e cada uma delas tem uma característica especifica. A de Santo Antônio deve ser bem quadrada, também chamada de chiqueirinho; a de São João deve ser bem redonda, de base cônica, se assemelhando a uma piramide; a de São Pedro deve ser em forma de triangulo, da base ao topo. Segundo a tradição, aquele que tiver o nome de Pedro deve acender uma fogueira diante da porta de sua casa neste dia. Através desses costumes, repassados de geração em geração, é que se dá o cultivo das tradições. O folclore nos faz reviver esta cultura milenar anualmente, embora sofra alterações com o tempo."
Dentro deste mundo há outro mundo impermeável as palavras. Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas exalam poesia. Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes. Jalal ud-Din Rumi Neste blog você encontra poesias, textos escolhidos de diversos autores, dicas e alguns textos meus. Um mosaico dos encantos da mandala da vida.
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terça-feira, 29 de junho de 2010
São Pedro
sábado, 26 de junho de 2010
Meu melhor amigo
_ Senhor, tenha misericórdia, ela não sabe o que faz. Prontamente retrucou.
_ Por que, se Ele é Onipotente, Onipresente e Onisciente, não pode ouvir meus pedidos? Afinal, a cada um seus próprios ais.
Compreendeu, subitamente que sua relação com Deus tornara-se íntima. Agora Ele participava de todos os momentos da sua vida.Quando saía para viajar, Ele estava ao seu lado. Em momentos de maior estresse, era à Ele que entregava a direção do carro. Lembrou-se da primeira vez em que Lhe pedira que fosse suas mãos, seus olhos, seus pés e sua mente. Estava exausta, dirigindo há horas com chuva pesada e percebendo que ainda faltava muito para chegar, entregou-se à Ele.
Quando saía para uma atividade ou até mesmo para uma conversa mais delicada, era com Ele que se aconselhava. Era a Ele que pedia que estivesse presente e a orientasse, para que colocasse em sua boca as palavras mais adequadas. Ele a acompanhava, a conduzia, estava ao seu lado todo o tempo.
Quando ia trabalhar, colocava a firme intenção de dar o melhor de si mesma e pedia-Lhe para que ela fosse um canal da Sua cura, do Seu saber.
Percebeu que há muito tempo não se sentia só. Era com este Amigo Especial que conversava antes de dormir, que dividia suas inquietações, a Quem pedia luz e coragem. Era com Ele que compartilhava as alegrias e bênçãos, com Ele dançava comemorando a vida, as conquistas. À Ele sentia-se infinitamente grata. Em Suas mãos se colocava, pedindo-lhe que ela quisesse o Seu querer. Era com Ele que traçava estratégias e planos. Buscava a intenção e o objetivo de seus atos. As técnicas de como fazer iam lhe sendo reveladas e então, executava as ações adequadas.
Antes ela também acreditava que Deus era um Senhor tão ocupado que não tinha tempo para banalidades com problemas tão pequenos quantos os dela. Ranços de um tempo antigo, onde acreditava que o Deus que tudo vê podia puni-la. Agora acreditava no Deus magnânimo, misericordioso e todo-poderoso, que a conhecia como ninguém e a amava. Com todo o tempo do mundo para ela e também para quem fosse, bastando para isso pedir. E mais, ao pedir, ativava nela a força da fé, o pedido era sua forma de obter ajuda, acreditar que Ele a ouvia e que ela era importante para Ele, era sua maior benção. Isso não era bom para Ele e sim para ela. Pois a cada pedido seu recebia como resposta mil_ Eu estou aqui!
Ele deixou de ser aquele ser grandioso e distante, que só podia ser encontrado em templos de oração, igrejas, mesquitas, sinagogas. Esta lá também, mas está dentro do seu coração, em cada uma de suas células, em cada respiração, envolvendo-a, permeando-a. Essa é a união: "entre Tu e eu, não há nem eu, nem Tu."
E, sem que seus lábios se mexessem, fez um pedido ao Seu Amigo por aquela pessoa tão querida que estava ao seu lado: que ele descobrisse que também podia pedir, com a certeza de ser ouvido, fosse o que fosse.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Além da dor e da alegria
qual a diferença agora?
Onde estão as lágrimas
que possas mostrar ao amado
quando ele chegar?
Se não vertes lágrimas
nem o desejo sentes
olha apenas, e basta.
Contempla esses mundos,
imensos, girando do nada.
Este é o poder
que ainda é teu.
Jalal ud-Din RUMI
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Festas Juninas
Está relacionada com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como “festa de São João”. Tem caráter festivo, quando as populações festejavam as colheitas e faziam os sacrifícios para afastar os demônios da esterilidade, pestes dos cereais, estiagens, etc.
• Culto do Fogo: A tradição das fogueiras acesas nos altos dos montes e nas planícies era conhecida de toda a Europa, as danças ao redor do fogo, os saltos sobre as chamas, a colocação nas fogueiras das primícias das colheiras O fogo, representação do sol, ilumina, aquece, purifica, assa e coze os alimentos, prepara vestes e armas, enfim, dá segurança e conforto.
No Brasil, essa é uma das festas populares mais celebradas, com direito a fogueira, quentão, quadrilha e muita alegria. Viva São João!
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Roger Bacon
Opus maius
domingo, 20 de junho de 2010
Fernando Pessoa,
sábado, 19 de junho de 2010
Nasrudin
Mas ela também estava com fome e, assim que a sopa foi servida, sorveu um gole. Lágrimas de dor assomaram-lhe aos olhos. Mas ela ainda esperava que o mulla se queimasse.
— Minha querida, que aconteceu? — perguntou Nasrudin.
— Eu só estava pensando na minha pobre e velha mãe. Quando viva, ela gostava muito desta sopa.
Nasrudin tomou um gole escaldante da própria tigela.
Lágrimas lhe escorreram pelo rosto.
— Está chorando, Nasrudin?
— Estou. Estou chorando ao pensar que sua velha mãe está morta, pobrezinha; e que deixou alguém como você na terra dos vivos.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saadi
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Fernando Pessoa - Quadrinhas
Quando me esqueço de ti.
É um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi.
Dá-me um sorriso a brincar,
Dá-me uma palavra a rir,
Eu me tenho por feliz
Só de te ver e te ouvir.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
João Cabral de Melo Neto
O futebol brasileiro evocado da Europa
A bola não é a inimiga
como o touro, numa corrida;
e, embora seja um utensílio
caseiro e que se usa sem risco,
não é o utensílio impessoal,
sempre manso, de gesto usual:
é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mão.
domingo, 13 de junho de 2010
Guimarães Rosa
"Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdidos no vai-vem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar, é todos contra os acasos. Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim dá certo."
A ilha deserta
sábado, 12 de junho de 2010
MONTEIRO LOBATO
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de por defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras. - Asneiras, Américo? - Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, tens a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas, e lá adiante uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jaboticabeira. Não achas que tenho razão? Assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e que só ele era capaz de dispor com inteligência o mundo. - Mas o melhor, concluiu, é não pensar nisto e tirar uma soneca à sombra destas árvores, não achas? E Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais, estirou-se de papo para cima à sombra da jabuticabeira. Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com um mundo novo, reformado inteirinho pelas suas mãos. Uma beleza! De repente, no melhor da festa, plaf!, uma jabuticaba que cai e lhe acerta em cheio no nariz. Américo desperta de um pulo, pisca, pisca; medita sobre o caso e reconhece, afinal que o mundo não é tão mal feito assim. E segue para casa, refletindo: - Que espiga!... Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu? Eu, Américo Pisca-Pisca, morto pela abóbora por mim posta em lugar da jabuticaba? Hum! Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como está, que está tudo muito bem. E Pisca-Pisca continuou a piscar pela vida em fora, mas desde então perdeu a cisma de corrigir a natureza.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Surpresa !
terça-feira, 8 de junho de 2010
Muito obrigada!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Deusas gregas
"O panteão das deusas gregas reflete a diversidade e a complexidade das mulheres. Elas nos mostram uma nova maneira de ver a nós mesmas, de uma perspectiva inteiramente feminina. Como mulheres precisamos dessa associação com esses arquétipos grandes, poderosos. À medida que despertamos e buscamos a totalidade, as deusas voltam para nos ajudar na nossa trajetória."
Marlow, Mary Elisabeth - A mulher emergente- ed. Cultrix
domingo, 6 de junho de 2010
Machado de Assis
sexta-feira, 4 de junho de 2010
JAMI
JAMI (Nur Ad-Din Abd Ar-Rahman Jami), também conhecido por Djami
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Quero uma Penseira prá mim!
Penseira / Pensatório, é uma bacia de pedra que serve para armazenar lembranças. A penseira que conhecemos na série é um objecto mágico que pertence ao diretor Alvo Dumbledore.
As lembranças: Nos livros é dito que quando se encosta a varinha na cabeça, sai de lá, uma substância como um grosso fio de teia de aranha, nem gasosa nem líquida, branco-prateada. Esta substância brilhante move-se lentamente, parecendo luz liquefeita ou vento solidificado. Assim são as lembranças.
Para que serve: A penseira serve para armazenar pensamentos ou lembranças. Dumbledore usa-o sempre que sua mente fica cheia por excesso de informação. Assim, ele pode avaliar com calma os pensamentos e fazer ligações entre eles.
Ela pode ser usado, para ocultar as lembranças que não deseja que sejam vistas. Também é possível usá-la para mergulhar nos acontecimentos passados através das lembranças de outras pessoas.
Amigos, não seria realmente bárbaro contar com um instrumento assim? Poder retirar seus pensamentos de sua mente e simplesmente observá-los, fazer conexões e encontrar os melhores caminhos?
Nada além do que nos dizem as sabedorias milenares: cabeça vazia!
Simples e prático.
Ah, quero uma penseira para mim!
RABINDRANATH TAGORE
terça-feira, 1 de junho de 2010
O quarto crescente
Através de uma linguagem envolvente, a história mostra o papel da mulher nas diferentes sociedades e como essa jovem ousada vai abraçar a dificil tarefa de ser a causadora do escândalo necessário para que ocorram mudanças.
O espiritismo aparece quase como pano de fundo em algumas questões filosóficas, onde se discutem divergências e convergências das diversas visões religiosas em voga naquela época e lugar.
Muito bom!
O quarto crescente -A contestação feminina influenciando o progresso - de Ana Cristina Vargas ditado por José Antonio, Boa Nova editora .
Nasrudin
_ Como ousa fugir da graça de Deus, do líquido dos céus? Como devoto, você deveria saber que a chuva é uma benção para toda a criação.
O homem santo, ansioso em preservar a reputação, murmurou:
_ Não havia pensado dessa forma. E passou a andar lentamente. Chegou ao seu destino encharcado e apanhou um resfriado.
Dias depois, a situação inverteu-se. O homem santo, sentado no beiral da janela, bem agasalhado, viu Nasrudin correr sob a chuva e indagou-lhe:
_ Porque está fugindo das bençãos divinas? Como ousas rejeitar a benção que a chuva contém? Sem dar-se por achado, Nasrudin de pronto, retrucou:
_ Ah! É você que não vê que estou tentando não pisar nas gotas sagradas.