Numa escala macro o jardim de Versailles se estrutura através de grandes eixos retilíneos onde se distribuem parterres, espelhos d’água, elementos arquitetônicos. O eixo central atinge cerca de 14 km de comprimento e permite uma visão ampla do território. Esta experiência do olhar que alcança o horizonte longínquo está na base do eixo visual, o mecanismo fundamental de ordenação do conjunto de Versalhes e de muitos outros da arquitetura barroca. Ela se incorporará como um dos mecanismos de ordenação compositiva mais fundamentais da Ecole de Beaux Arts cujas origens remontam precisamente ao reinado de Luis XIV.
Numa escala micro, o jardim apresenta uma cenografia arquitetônica e vegetal obcecada pelo detalhe e voltada ao deleite e à provisão de acontecimentos para os convidados do rei (cenas de teatro, terraços, fontes, conjuntos de estátuas, labirinto, espelhos d’água).
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