segunda-feira, 23 de julho de 2012

Rumi - 53

     "A palavra é como o sol. Todos os homens obtêm calor e vida a partir dele, e o sol está sempre presente aquecendo o mundo e os homens. Eles não sabem que continuam vivos por causa dele. Mas quando, através de uma expressão, queres protestar, queres o bem, queres o mal, a palavra surge e o sol se mostra; o sol do firmamento brilha continuamente, mas só distinguimos seus raios quando refletem sobre uma superfície. Dessa forma também, os raios de sol da palavra não surgem enquanto não são expressos através de letras e sons. Apesar de existir eternamente - o sol é sutil e  Ele é sutil - é preciso que tenha densidade para que se manifeste e seja visível. [...]
     Percebemos, portanto, que a palavra é um sol sutil, que brilha continuamente; mas é necessário um intermediário denso para que se possa admirar os raios de sol e sentir prazer, até para poder ver seus raios e sua sutileza sem o intermediário e sua opacidade. Uma vez acostumado a isso, ousas contemplá-lo e te fortaleces."

FIHI-MA-FIHI,  O  Livro do Interior


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