quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Acordo fora de mim
como há tempos não fazia.
Acordo claro, de todo,
acordo com toda a vida,
com todos os cinco sentidos
e sobretudo com a vista
que dentro dessa prisão
para mim não existia.
Acordo fora de mim
como fora nada eu via,
ficava dentro de mim
como vida apodrecida.
ACORDAR NÃO É DE DENTRO,
ACORDAR É TER SAÍDA.
ACORDAR É REACORDAR-SE
AO QUE EM NOSSO REDOR GIRA.

Ah, que lindo esse poema de João Cabral de Melo Neto. Acordemos!

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