A natureza nos brinda, a cada ano, com esse festival de cores e beleza. Sou louca por ipês. Durante algum tempo tive o privilégio de ter uma casa com um ipê branco na calçada. Quando floria, rápido, suas flores caiam sobre o carro que deixava parado sob ele, de propósito é claro! E então eu saia, esparramando as flores que voavam pelo caminho por onde passava. Tinha ainda outro encanto: a piscina se cobria de flores, um gigantesco floral.
Talvez esse seja o resgate de minha infância: no nosso sítio tinha um balanço num tronco de ipê amarelo. O chão coberto de flores e a chuva dourada que caiam enquanto balançava me levavam para um mundo repleto de magia e encantamento.
Hoje, ainda tem ipê em minha vida. Agora os dois ficam bem em frente da sacada do apartamento em que vivo e, se oferecem radiantes, num espetáculo róseo a cada ano.
Em tupi-guarani, ipê significa árvore de casca grossa. Não é uma dessas árvores que encantam todo o tempo. É preciso o tempo certo para vê-la em todo seu esplendor. Guarda secretamente, seu tesouro para então, florida, espalhar-se, deixando-se conduzir pelos saborosos braços do vento. Esse ritual de transformação, deixando-se desnudar inteiramente para só então cobrir-se de flores, rosas ou brancas ou amarelas, me fascina e tranquiliza. Vem a sensação de que tudo está no lugar certo, perfeita e harmoniosamente fluindo, com o pulsar compassado e rítmico da vida!
Dentro deste mundo há outro mundo impermeável as palavras. Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas exalam poesia. Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes. Jalal ud-Din Rumi Neste blog você encontra poesias, textos escolhidos de diversos autores, dicas e alguns textos meus. Um mosaico dos encantos da mandala da vida.
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domingo, 1 de agosto de 2010
Tempo de ipês
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