Havia uma vez um rei que tinha um capelão. que sempre o havia servido com lealdade. Certa vez, o rei desgostou-se com este capelão e o fez encarcerar.
Um príncipe, rival do rei, tomou conhecimento da prisão e fez chegar ao capelão um bilhete, oferecendo-lhe ajuda e um lugar na sua corte. O capelão lhe enviou sua resposta atrás do bilhete. O rei soube desta comunicação e ordenou a seus guardas que interceptassem a mensagem, coisa que fizeram.
A resposta do capelão dizia assim: "Não é possível para este escravo aceitar a honra oferecida, porque não pode tratar com ingratidão a seu amo, somente por sua ligeira mudança de atitude para com ele. Por acaso não dizem: 'desculpa se em toda uma vida te causa dano uma vez, àquele que tem te tratado com generosidade em cada momento'?".
O rei ficou tocado por esta gratidão, recompensou ao capelão e lhe pediu perdão, dizendo: "Tenho feito mal por castigar-te por nada". O capelão replicou: "Senhor, teu escravo não pode ver culpa alguma em ti por causa deste assunto; de fato, foi um decreto do Todo Poderoso que algo desagradável devia ocorrer ao Seu servo. Sendo assim, é melhor que o dano chegue através das tuas mãos, já que estou em dívida contigo por favores passados. Como dizem os sábios:
"Não te lamentes pelo prejuízo que te infligem os homens
Porque nem o gozo e nem a dor vem dos homens.
Reconhece os atos de amigos e inimigos como provenientes de Deus,
Porque todos tem seus corações sob o controle do Uno.
Ainda que a flecha tome velocidade no arco,
Na realidade, provém do Arqueiro."
conto 24, livro 1, do Gulistan
Dentro deste mundo há outro mundo impermeável as palavras. Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas exalam poesia. Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes. Jalal ud-Din Rumi Neste blog você encontra poesias, textos escolhidos de diversos autores, dicas e alguns textos meus. Um mosaico dos encantos da mandala da vida.
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