sábado, 21 de maio de 2011

Cézanne





“Você também praticou em aquarela. Isso o levou a ser mais espontâneo, mais livre para buscar elipses, para estilizar mais. [...] Eu aprecio muito a fluidez,  a leveza. Elas mostram uma realidade menos densa do que as pinturas, mas têm um poder ainda maior de emocionar, fazem um  apelo ainda maior para a imaginação.[...] o inacabado comunica melhor a palpitação da vida. Ele deixa à obra à margem de um futuro vir a ser e permanece de acordo com a inevitável imperfeição ligada a todo empreendimento humano."
Charles Juliet, Un grand vivant, Flohic Edições, 1997”


  
Confesso que estou aprendendo a gostar de Cézanne. Nada melhor para isso do que começar com aquarelas, que por si só me atraem. Foi um prazer encontrar esses trabalhos do artista. A leveza e a fluidez me encantam, me seduzem... Assim, continuo minha jornada pelo maravilhamento, sem tentar entender, sem o passado das causas ou o futuro das finalidades. Sigo apreciando as obras, me deixando absorver por elas no aqui e agora...repleto de um constante vir a ser, onde se revelam a originalidade do artista.Talvez seja esse o mesmo encantamento que tenho pelo ser humano, por sua jornada heróica, no constante vir a ser, onde a sua originalidade vai sendo revelada, a cada passo da trajetória, a cada escolha do percurso, a cada escolha do como realizá-lo...ao mesmo tempo escolhendo e sendo escolhido pelo próprio movimento da vida!

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