quinta-feira, 5 de maio de 2011

Troca de Pele

O comprimento das cobras varia de 10 cm a mais de 10 metros. Uma pele extremamente elástica se prende aos músculos e é coberta por escamas feitas de queratina, a mesma substância das nossas unhas. À medida que a cobra cresce, o número e padrão das suas escamas permanece o mesmo, embora a cobra troque suas escamas muitas vezes no curso da vida.

                                                  Ao contrário das pessoas, que descamam constantemente a pele gasta soltando minúsculos pedaços, as cobras trocam todas as suas escamas e a pele externa de uma vez só durante um processo chamado de troca de pele. Quando a pele e as escamas começam a ficar gastas pelo tempo e atrito, a epiderme começa a criar novas células para separar a pele velha da camada interna que está se desenvolvendo.  Quando a camada externa está pronta para cair, a cobra raspa as margens da sua boca contra uma superfície dura, como uma pedra, até que a camada externa comece a se enrolar ao redor da cabeça. Ela continua se raspando e rastejando até ficar completamente livre da pele morta. O processo de troca de pele é repetido de tempos em tempos

A primeira vez que ouvi essa história foi com o Ari Pedro, colega e amigo. Esse tema aparece também, em outra versão, no livro Mulherees que Correm com os Lobos, na história Pele de Foca, Pele da Alma.
De vez em quando trocamos de pele. O processo nem sempre é fácil. Requer ensimesmamento ... embora se dê naturalmente... Não há como ir contra; o melhor a fazer é perceber que os atritos cumprem sua função... vão ajudando a desprender a pele antiga e a nova, que já está prontinha embaixo, vai surgindo... emergindo... e, no tempo certo, a nova pele está lá, inteira... saudável... flexível... reluzente...

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