Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angustias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta cousa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar é inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.
Dentro deste mundo há outro mundo impermeável as palavras. Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas exalam poesia. Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes. Jalal ud-Din Rumi Neste blog você encontra poesias, textos escolhidos de diversos autores, dicas e alguns textos meus. Um mosaico dos encantos da mandala da vida.
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Clarissa Pinkola Éstes - Mulheres que correm com os lobos
"Pode-se dar o nome que se quiser, mas ter uma vida secreta porque a vida real não tem espaço suficiente para vicejar é prejudicial à vitalidade da mulher. [...]
Para escapar desse caminho polarizado, a mulher tem de abandonar a simulaçao. Esconder uma vida interior falsa nunca funciona. É melhor que nos despertemos, que nos levantemos, por mais caseira que seja nossa plataforma, e vivamos com a maior intensidade possível, da melhor maneira possível, deixando de lado a ocultação de falsos substitutos. Esperemos pelo que seja realmente significativo e saudável para nós."
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Millennium Simulation: "El modelo más grande de nuestro universo"
Ontem eu vi num programa de televisão, o mapa do universo em 3D, . A tessitura lembra a de uma esponja e esses filamentos luminoso são bilhões de galáxias que vão se agrupando... Tudo unido pela energia escura, que permeia, envolve...
Fascinante, assustador, encantador!
domingo, 27 de novembro de 2011
Bill Viola Videoarte
Bill Viola é um videoartista dos Estados Unidos que começou sua carreira na década de 70. Gostei dessa água com efeito azul.....
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Eduardo Galeano
O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência.
Nem uma culpa como nos faz crer a religião.
O corpo é uma festa.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Jean Shinoda Bolen
"Uma vez grávida da intenção,
convide o espírito criativo, a graça,
a sincronicidade e a bem-aventurança
a abençoarem a empreitada."
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terça-feira, 22 de novembro de 2011
Livro da caverna dos tesouros
e uma gota de água de todo o mar,
e um sopro de vento do ar superior,
e um pouco de calor da natureza do fogo.
E os anjos viram "que esses quatro elementos fracos,
o seco, o úmido, o frio e o quente,
foram colocados no oco da sua mão.
E Deus fez Adão.
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Murilo Mendes
Texto de consulta - trecho
6
A palavra cria o real?
O real cria a palavra?
Mais difícil de aferrar:
Realidade ou alucinação?
Ou será a realidade
Um conjunto de alucinações?
6
A palavra cria o real?
O real cria a palavra?
Mais difícil de aferrar:
Realidade ou alucinação?
Ou será a realidade
Um conjunto de alucinações?
sábado, 19 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Angeles Arruen
No suave território do silêncio, nós tocamos o mistério. É o lugar de reflexão e contemplação e é o local onde podemos nos conectar com o profundo conhecimento, o caminho da profunda sabedoria.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Edward Munch
"A natureza não é apenas o que o olho pode ver.
Ela mostra também as imagens interiores da alma -
as imagens que ficam do lado de trás dos olhos."
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
O papagaio e o corvo
Numa linda manhã de domingo, Mullá Nasrudin passeava no mercado.
Qual não foi sua surpresa ao deparar com seu amigo Yussuf: este segurava uma gaiola com um pequeno papagaio, cujo preço de venda era três peças de ouro!
Escandalizado, o Mullá gritou:
_ Yussuf, como se atreve a pedir tal soma por um mísero papagaio?
Yussuf encarou Nasrudin severamente e disse:
_ Fique sabendo, Mullá, que eu peço um preço justo. Este não é um pássaro qualquer: ele fala!
Sem saber o que responder, Mullá seguiu seu caminho.
Uma hora mais tarde, grande foi a surpresa de Yussuf quando viu seu amigo Mullá instalar-se ao seu lado, trazendo uma gaiola com um velho corvo. Pregado à gaiola, um letreiro anunciava o preço: doze peças de ouro!
_ Ladrão! Escroque! _ gritou Yussuf, vermelho de raiva. _ Você não tem vergonha de pedir um preço desses por um velho corvo depenado?
_ Não _ respondeu calmamente o Mullá Nasrudin. _É verdade que é um corvo velho, é verdade que ele não fala, mas este não é um pássaro qualquer: ele pensa!
Tradiçao oral, Oriente-Médio
Qual não foi sua surpresa ao deparar com seu amigo Yussuf: este segurava uma gaiola com um pequeno papagaio, cujo preço de venda era três peças de ouro!
Escandalizado, o Mullá gritou:
_ Yussuf, como se atreve a pedir tal soma por um mísero papagaio?
Yussuf encarou Nasrudin severamente e disse:
_ Fique sabendo, Mullá, que eu peço um preço justo. Este não é um pássaro qualquer: ele fala!
Sem saber o que responder, Mullá seguiu seu caminho.
Uma hora mais tarde, grande foi a surpresa de Yussuf quando viu seu amigo Mullá instalar-se ao seu lado, trazendo uma gaiola com um velho corvo. Pregado à gaiola, um letreiro anunciava o preço: doze peças de ouro!
_ Ladrão! Escroque! _ gritou Yussuf, vermelho de raiva. _ Você não tem vergonha de pedir um preço desses por um velho corvo depenado?
_ Não _ respondeu calmamente o Mullá Nasrudin. _É verdade que é um corvo velho, é verdade que ele não fala, mas este não é um pássaro qualquer: ele pensa!
Tradiçao oral, Oriente-Médio
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Gombrich- Arte e ilusão
“Não tenho certeza de que nos maravilhamos o bastante em face da nossa capacidade de ler imagens [...] diante da capacidade do homem para conjurar, graças a formas, linhas, nuanças ou cores, aqueles misteriosos fantasmas da realidade visual a que chamamos “pinturas.”
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
E viveram felizes para sempre!
Querem terminar com o “e viveram felizes para sempre” dos contos de fada. Que horror! Seria como tirar a única coisa que sobra após abrirmos a Caixa de Pandora, a Esperança.
A Jornada do Herói começa com o arquétipo do Inocente, e sua dádiva é o otimismo e a confiança de que tudo vai dar certo. Como eliminar isso? Como começar uma vida, um projeto, um relacionamento se não for para acreditar que tudo vai dar certo?
No Tarô, a primeira carta é o Louco. Louco porque só louco para acreditar que tudo vai dar certo, apesar de saber que os perigos que rondam a maravilhosa aventura humana são imensos, que os desafios a serem vencidos são inúmeros e que o grande desfecho é aprender a bailar a vida, na carta do Mundo.
Que mundo estranho esse que vivemos em que só porque constatamos que existem dificuldades, tristezas, obstáculos a serem superados, negamos que exista a felicidade. Que estranho conceito de felicidade é esse? Porque se for 365 dias por ano, 24 horas por dia, de euforia e contentamento, aí sim, não vai existir nunca. Mas, e aquela felicidade de saber que conseguiu apesar de, que aprendeu alguma coisa, que contribuiu para criar um mundo mais harmonioso e belo?
San Juan de la Cruz nos fala sobre a noite escura da alma. Aquela noite que sempre termina com um novo dia, como vemos acontecer a cada movimento da Terra em torno do Sol, ao despertar de cada manhã.
Somos inteiros e não pela metade. Temos um lado de luz e outro de sombra. A felicidade está em integrar tudo isso, em se conhecer, se aceitar, se responsabilizar por si mesmo, em transpor obstáculos. Em se perceber ativo e participante de um todo maior. Em sonhar e acreditar, agir, tomar atitudes para a concretização dos sonhos. E assim, vivermos felizes para sempre!
Por Virginia Gazini
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Augusto dos Anjos/ Mondrian
A árvore da serra
As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
terça-feira, 8 de novembro de 2011
DEUS GOVERNA OS HOMENS ALTERNANDO ESPERANÇA E MEDO
Esse triste faquir também lançou seus pedidos de ajuda,
E levou do campo a bola da aceitação.
Às vezes, porém, ele desconfiou da eficácia de suas preces,
Por causa da demora em vê-las atendidas.
De novo, a esperança da misericórdia do Senhor
Nasceu em seu coração como sinal de regozijo.
Quando ele estava desesperançado e já parava de rezar de cansaço,
Ouviu de Deus a palavra "ascende!"Deus é Aquele que rebaixa e Aquele que exalta;
Sem esses dois processos, nada vem à existência.
Contempla o rebaixamento da terra e a exaltação do céu;
Sem esses dois, o céu não giraria, ó homem!
O rebaixamento e a exaltação da terra é diferente,
Metade do ano ela está estéril, na outra metade, verde e fecunda.
O rebaixamento e a exaltação do fatigante tempo
É diferente ainda, — metade dia e metade noite.
O rebaixamento e a exaltação deste corpo composto
É ora saúde, ora doença grave.
Sabe que todos os estados do mundo são assim também,
— Seca, fome, paz, guerra e aflição.
Esse mundo voa, por assim dizer, com essas duas asas;
Por meio delas, todas as almas são berço de esperança e medo,
Para que o mundo continue tremendo como folhas,
Nos ventos frios e quentes da morte e da ressurreição,
Até que a jarra de puro vinho de nosso Issa (Unidade)
Suplante a jarra do vinho de muitas cores (pluralidade),
Pois esse mundo (da Unidade) é como uma salina;
Qualquer coisa que entre nele perde suas tonalidades variadas.
domingo, 6 de novembro de 2011
Murilo Mendes/ Miró
Joan Miró
Soltas a sigla, o pássaro, o losango.
Também sabes deixar em liberdade
O roxo, qualquer azul e o vermelho.
Todas as cores podem aproximar-se
Quando um menino as conduz no sol
E cria a fosforescência:
A ordem que se desintegra
Forma outra ordem ajuntada
Ao real — este obscuro mito.
MENDES, Murilo. Antologia poética. Sel. João Cabral de Melo Neto.
sábado, 5 de novembro de 2011
Resgates da Arte!
ARMAN faz Cello Callipyge 1973
Essa obra faz referência ao Violon d'Ingres, realizada por MAN RAY
Que por sua vez refere-se a obra La bagneuse de INGRES
Assim, o velho preceito de nada se cria nada se perde continua sempre vivo!
Nessas belíssimas reinterpretações, vemos o ser humano num processo dinâmico, se autotransformando ...
Percebemos que a arte contemporânea tem algo mais a dizer para quem tem mais do que só olhos para ver!
Adoro ser surpreendida assim, tão agradavelmente!
Fruto da aula do prof. Martinho na FAAP
Essa obra faz referência ao Violon d'Ingres, realizada por MAN RAY
Que por sua vez refere-se a obra La bagneuse de INGRES
Assim, o velho preceito de nada se cria nada se perde continua sempre vivo!
Nessas belíssimas reinterpretações, vemos o ser humano num processo dinâmico, se autotransformando ...
Percebemos que a arte contemporânea tem algo mais a dizer para quem tem mais do que só olhos para ver!
Adoro ser surpreendida assim, tão agradavelmente!
Fruto da aula do prof. Martinho na FAAP
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Jean Pierre Augier
Conheci esse admirável senhor por um email da Aninha.
http://www.jpaugier.fr/
Nascido em Nice, em 1941, vive nos Alpes marítimos. O escultor encontra sua inspiração em velhos objetos abandonados ou em objetos de ferro que ele transforma com graça, movimento, ternura e bom humor. Sua arte é pura, harmoniosa. Nos convida a olhar com serenidade para os homens, a natureza e as coisas. Uma amostra do seu trabalho:
http://www.jpaugier.fr/
Nascido em Nice, em 1941, vive nos Alpes marítimos. O escultor encontra sua inspiração em velhos objetos abandonados ou em objetos de ferro que ele transforma com graça, movimento, ternura e bom humor. Sua arte é pura, harmoniosa. Nos convida a olhar com serenidade para os homens, a natureza e as coisas. Uma amostra do seu trabalho:
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