domingo, 30 de janeiro de 2011

Nebulosa Carina - Revista National Geographic

A nebulosa Carina, uma intensa região de nascimento de estrelas da Via Láctea, encontra-se a 7,5 mil anos-luz de distância e tem diâmetro de 300 anos-luz. A estrutura cor de laranja em formato de globo um pouco deslocada do centro abriga estrelas enormes. O ponto oval brilhante à esquerda dele é a estrela Eta Carinae. Essa bomba-relógio cósmica explodirá em forma de supernova e se extinguirá numa explosão de radiação. Isso pode acontecer em breve, em termos astronômicos - ou seja, amanhã ou daqui a um milhão de anos.


Foto de Nasa/ESA/Nathan Smith, University of California, Berkeley/Hubble Heritage Team (HHT)

Alice Ruiz - Ninguém me canta como você


ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você


Musica : Itamar Assunção/Letra : Alice Ruiz

sábado, 29 de janeiro de 2011

Guimarães Rosa

“A natureza da gente é muito segundas-e-sábados. Tem dia e tem noite, versáveis, em amizade de amor.”
Guimarães Rosa

Bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom Manuel Edmilson da Cruz recusa come...



Com amor e dignidade, uma proposta digna de uma homem maravilhoso! Que o aumento dos parlamentares -paralamentar- seja o mesmo do salário mínimo. Que o povo brasileiro seja tratado com respeito, recebendo saúde e educação. Vejam, é um grito amoroso e veemente de alerta!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Jean Paul Gaultier e o Cancan francês



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Mon pays et Paris...



Tenho dois amores, meu país e Paris!

Nasrudin


É por isso que lhe dão valor

"Nunca dê as pessoas coisa alguma que peçam, até que ao menos um dia tenha se passado", disse o Mullá.

"Por que não, Nasrudin?"

"A experiência mostra que só dão valor a algo, quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não consegui-la."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas
Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.
Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.
Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.
Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.
“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.
Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.
Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.
Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.
A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.
A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.
Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?
A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.
Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.
Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.
Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.
Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.
Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil.
Texto de Ivan Martins (Editor Executivo da Revista Época)encontrado no blog do Lau:
nadanovodebaixodosol.blogspot.com

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Florbela Espanca

VAIDADE

Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Percussão Dalga Larrondo

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Um grande amigo e um grande percussionista!

Parapluie Femme et Parapluie Pliant


Ah, tem algumas coisas que rapidamente se tornam um objeto de desejo... lindos, delicados.... simplesmente adorável a coleção, a música... sabem como agradar uma mulher.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Nova Friburgo por José Francisco Matulja

Esses são alguns trechos do emocionado e instigante relato de um amigo sobre a situação atual em Nova Friburgo. É um alerta vívido, real, do que está acontecendo no nosso maravilhoso planeta azul. As montanhas estão gritando, elas estão sofrendo. Vamos cuidar?


Vi em Nova Friburgo uma atividade anormal da natureza.

Não há uma montanha que não tenha tido algum tipo de deslizamento.

Se as geleiras estão derretendo, os morros de Nova Friburgo estão se desmantelando.

As Montanhas sangraram

Já ouvir dizer e vi diversas explicações na TV sobre o que aconteceu na serras cariocas. Várias vezes vi e ouvi dizerem que este tipo de fenômeno é comum nas serras.

Como filho desta terra, como cidadão serrano, nascido e criado nas montanhas, entre as montanhas, montanhista e ambientalista, nunca na vida, vi algo igual ao que aconteceu.

Já vi inúmeros deslizamentos, inclusive em áreas de mata fechada. Testemunhei o poder nas águas na serra de NF, Nova Friburgo, em um local onde havia um pequeno riacho onde tomava banho, transformou-se em um largo desfiladeiro de pedras e troncos retorcidos. Isso lá no meio da mata. Esses acontecimentos são comuns sim e até saudáveis para a natureza. Fazem parte da dinâmica de renovação dessas matas. Quando uma clareira é aberta na mata, inicia-se todo um ciclo de renovação e crescimento, atraindo mais animais e dando oportunidades a outras plantas de crescerem e cumprirem seu papel na natureza. Esses ciclos são lindos de se observar.

Acontece, que mesmo nos maiores que vi acontecem uma vez ou outra de tanto em tantos anos em um outro local separados por quilômetros de distância.

Desta vez, o que testemunhei foram deslizamentos por todas as partes, em todas as montanhas onde caiu a chuva. Todas, absolutamente todas em que existe algum tipo de cobertura de solo e vegetal estão escorridas. As montanhas sangraram. Senti em meu peito a dor que elas sentem.

É uma área enorme, que abrange muitos quilômetros quadrados abrangendo 6 municípios. Não há lugar onde você não veja um grande deslizamento de terra

O que aconteceu foi um fenômeno grandioso demais para ser tratado como comum, para receber explicações simplórias e baseadas em fenômenos anteriores. Isso precisa ser estudado e entendido com mais cautela e maior precisão.

Digam o que quiser, mas está claro para mim, que conheço aquelas montanhas e as chamo pelo nome, que elas sofreram. Estão dilaceradas. Para mim é como se eu pudesse ouvir, sentir as suas vibrações, as montanhas estão pedindo ajuda, pedindo socorro, porque elas não estão mais suportando.

A paisagem mudou e certamente continuará mudando. Uma mudança brusca. Certamente, este fenômeno está sim associado aos efeitos do aquecimento global. Será apenas uma das grandes catástrofes naturais que vamos assistir daqui para frente.

Tratá-lo como comum é um erro. É fazer pouco caso ou dar as costas para a dor que estes montes estão sentindo. É ignorar o grito da Terra.

Já erramos demais. Não podemos mais parar o aquecimento global, ou fazê-lo regredir. Daqui pra frente pagaremos o preço. Mas espero que o homem possa aprender a lição, que estamos todos conectados, que ainda sabemos muito pouco a respeito da natureza, que somos parte deste todo e não somos o todo como a humanidade até agora pensou que fosse.

Precisamos olhar para o exemplo de nossas antepassados e suas culturas “primitivas” e re-aprender a respeitar e ter temor pela natureza. A Natureza precisa ser novamente reverenciada. É preciso urgentemente resgatar a noção do sagrado na Natureza. Não para adorarmos deuses e deusas, mas para valorizarmos e reconhecermos e talvez entendermos a UNIDADE com a criação.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Guy de Maupassant - Na primavera


" Ela estava encantadora assim, e no seu olhar fugidio mil coisas me apareciam, mil coisas ignoradas até então. Eu via as profundezas desconhecidas, todo o encanto das ternuras, toda a poesia que nós sonhamos, toda a felicidade que nós procuramos sem cessar. E eu tinha um desejo louco de abrir meus braços, de levá-la a algum lugar para lhe sussurrar ao ouvido a música suave das palavras de amor."
Tradução livre: Virginia

Elle était charmante ainsi, et dans son regard fuyant mille choses m'apparurent, mille choses ignorées jusqu'ici. J'y vis des profondeurs inconnues, tout le charme des tendresses, toute la poésie que nous rêvons, tout le bonheur que nous cherchons sans fin. Et j'avais un désir fou d'ouvrir les bras, de l'emporter quelque part pour lui murmurer à l'oreille la suave musique des paroles d'amour. (Guy de Maupassant- Au Printemps 1850/1893 Naturalista

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Rumi


Em tua luz aprendo a amar. Em tua beleza, a escrever poemas.

Danças em meu peito onde ninguém te vê,

Porém as vezes te vejo e essa visão se transforma em minha arte.


Rumi

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os deuses e o homem - Jean Shinoda Bolen


Os mitos de uma cultura revelam seus valores e padrões de relacionamento. No filme Guerra nas Estrelas, encontramos um mito atual, o de Luke Skywalker e seu pai, Darth Vader.

Darth Vader é o pai poderoso que tenta destruir seu filho. Luke Skywalker simboliza o herói em todo homem contemporâneo: precisa descobrir o que aconteceu em seu passado, tanto na sua história pessoal quanto na da humanidade. Descobrir sua identidade, aliar-se a seu princípio feminino, a irmã forte, e unir-se a outros homens e outras criaturas de bravura. Todos com o mesmo propósito: lutar contra o poder do mal, o poder destrutivo. Somente o filho, ao não se tornar como o pai que sucumbiu ao medo e ao poder, poderá libertar o aspecto amoroso há muito enterrado nas trevas de Darth Vader. Isso simboliza o que pode acontecer com o homem do patriarcado.

A figura de Darth Vader, com seu rosto negro de metal, é a imagem do homem que baseou sua vida na busca da conquista por poder e status e com isso perdeu seus traços mais humanos. Lembra a máquina eficiente e impiedosa que executa ordens superiores e ordena aos seus subordinados, esperando deles a mesma obediência cega. Dele emana um poder obscuro. Esconde-se atrás de uma máscara de metal que lhe serve de sustentáculo. Sem ela, morrerá. Identificou-se de tal maneira com sua persona que sua vida pessoal deixou de ter importância para ele. Sustenta-se pela posição que ocupa.

Ocupa o mesmo padrão arquetípico de Uranos, Cronos e em menor extensão, Zeus, que temiam que os filhos, especialmente os meninos, desafiassem sua autoridade.

Ao conhecer os deuses como arquétipos, você pode ver a si mesmo e aos outros com mais clareza. Quando você se apossa do conhecimento da dimensão mítica, esse conhecimento pode ajudá-lo a encontrar suas referências e um caminho que lhe seja verdadeiro, que reflita quem você é autenticamente, que dê significado para sua vida.

Curso às quartas-feiras, 18.30 h. Palestra gratuita de apresentação: 02 de fevereiro.

Inscreva-se! virginiagazini@hotmail.com