sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mundos dentro do mundo

O hímem rompe
O feminino profundo.
Mundos dentro do mundo.
A matéria é tênue,
Os fragmentos esparsos
Fios invisíveis tecem um mundo.
Jogo da velha riscado no chão,
A textura da boca de encontro à outra boca,
O bater das asas da borboleta,
Dedos passeiam através dos pelos,
O sutil e o delicado emergem
O corpo se aconchega em outro corpo,
Mundos dentro do mundo.
O sagrado interior na cerca de arame farpado,
A matéria densa dos dias forçando a passagem
O sopro, o brilho , o gesto,
As lágrimas limpam o caminho.
Teias de aranha são eliminadas das profundezas,
Corpos líquidos se unem,
No alto do morro se esconde um lago de águas cristalinas.

Virginia


Kandinsky
Swinging - 1925
Tate Gallery, London

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