domingo, 6 de fevereiro de 2011

Rumi Sama II


Vem, vem, tu que és alma
da alma da alma do giro!
Vem, cipreste mais alto
do jardim florido do giro.

Vem, não ouve nem haverá
jamais alguém como tu.
Vem e faz de teus olhos
o olho desejante do giro.

Vem, a fonte do sol se esconde
sob o manto da tua sombra.
És dono de mil Venus
nos céus desse redemoinho.

O giro canta tuas glórias
em mil linguas eloquentes.
Tento traduzir em palavras
o que se sente no giro.

Quando entras nessa dança,
abandona os dois mundos;
é fora deles que se encontra
o universo infinito do giro.

Muito alto, distante se vê
o teto da sétima esfera,
muito além do que encontras
a escada que leva ao giro.

O que quer que exista, só existe no giro;
quando danças, ele sustenta teus pés,
Vem, que este giro te pertence
e tu pertences ao giro.

O que faço, quando vem o amor
e se agarra ao meu pescoço?
Seguro-o, aperto-o contra o peito
e arrasto-o para o giro.

E quando as asas das mariposas
abrem-se ao brilho do sol
todos caem na dança, na dança
e jamais se cansam do giro!

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