Dentro deste mundo há outro mundo
impermeável as palavras.
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes,
até mesmo as rochas exalam poesia.
Para mudar a paisagem,
basta mudar o que sentes.
Jalal ud-Din Rumi
Neste blog você encontra poesias, textos escolhidos de diversos autores, dicas e alguns textos meus. Um mosaico dos encantos da mandala da vida.
Prefiro fazer perguntas para que cada um encontre, em sua riqueza interior, às respostas do que seguir os manuais de respostas rápidas de alguns livros de auto-ajuda. Diz Milton Erickson, que dentro de cada um nós, o inconsciente sábio, tem a cura para todos nossos males. Seguem algumas perguntas, bem elaboradas, de Anthonny Robbins, um grande motivador, nos desafiando a viver focados no positivo.
"Perguntas de força da manhã
1. Com que estou feliz em minha vida nesse momento?
2. O que me excita em minha vida nesse momento?
3. De que me orgulho em minha vida neste momento?
4. Pelo que sou grato em minha vida neste momento?
5. O que mais aprecio em minha vida neste momento?
6. Em que estou empenhado em minha vida neste momento?
7. Quem eu amo? Quem me ama? O que me leva a amar? Com isso me faz sentir? "
Ainda que pareçam semelhantes, note que existem respostas diferentes para cada uma delas. Perceba ainda, como isso te faz sentir.
"Perguntas de Força da Noite
1, O que eu dei hoje? De que maneira doei aos outros hoje?
2. O que aprendi hoje?
3. Como o dia de hoje aumentou a qualidade da minha vida? Como posso usar o dia de hoje como um investimento para o meu futuro? "
Um peregrino que passava a noite debaixo de uma árvore em um bosque perto da cidade, na mais profunda escuridão, ouviu alguém que gritava:
- A pedra! A pedra! Me dê a pedra preciosa, peregrino.
O peregrino se levantou, aproximou-se do homem que gritava e lhe disse:
_ Que pedra queres, irmão?
_ A noite passada - disse-lhe o homem com voz agitada - tive um sonho no qual me foi revelado que se viesse aqui esta noite encontraria um peregrino que me daria uma pedra preciosa que mefaria rico para sempre.
O peregrino buscou em sua bolsa e lhe deu a pedra dizendo:
_ Encontrei-a no bosque perto do rio. Podes ficar com ela.
O desconhecido agarrou a pedra e caminhou até sua casa. Ao chegar, abriu sua mão, contemplou a pedra e viu que era um enorme diamante. Durante toda a noite não pode dormir. Se levantou com a aurora, voltou ao lugar onde havia deixado o peregrino e lhe disse:
- Me dê, por favor, a riqueza que te permite desprender-se com tanta facilidade de um diamante.
1. O que há de tão grave neste problema? 2. O que ainda não é perfeito? 3. O que estou disposto a fazer para alcançar o que quero? 4. O que estou disposto a não fazer mais para alcançar o que quero? 5. Como posso desfrutar o processo, enquanto faço o que é necessário para conseguir o que quero?
Deepack Chopra vem realizando um trabalho excelente na ampliação da visão do ser humano e de suas grandiosidades. Gosto muito de um dos seus livros, As 7 leis espirituais do sucesso.Pequeno, fácil de ler e aplicar seus princípios no cotidiano. E muito mais que vale a pena conhecer.
Ele: E aí, que tem feito? Ela: Andei viajando. Fui naquela praia que sempre íamos. _ Ah e como foi, encontrou o fulano? Ele ainda tem aquela pousada? _ Sim, fiquei lá, foi uma delícia. _ E ele, como está? _ Tá ótimo, forte. Me recebeu super bem, todo simpático, conversador, aliás, como sempre é comigo. _ Isso de ótimo eu não sei, não. Vi uma foto dele outro dia, bem acabado, cabelo todo branco. _ Ô dó!( risos). É verdade, branqueou, mas faz parte, estamos envelhecendo. _ Pois eu me lembro muito bem daquela viagem que fizemos. Os homens ficavam atrás do chefe e ele lá, na piscina, exibindo seu bronzeado para as menininhas, todo sedutor. Sempre foi um grande sedutor, isso sim! - Ah, e você o viu porque também estava na piscina? _ Claro, mas....
Ah esses homens adoráveis! Ainda mais quando o garotinho dentro deles vem à tona para brincar de quem mija mais longe!
Me deparo com um mundo novo. As placas indicam o caminho a ser percorrido, não tenho noção de onde estou ou quanto falta para chegar. Me deixo absorver, exultante, confiante, imbuída na Deusa Ártemis ao explorar o novo espaço. A cidade é confiável, sei que se pegar, erroneamente um caminho estranho, ali na frente serei socorrida por novas indicações.
Passo diante do parque, belíssimo. Paro, entro, respiro o entardecer multi colorido. Sigo mas, logo o movimento na padaria chama a atenção. Curiosa, paro de novo. Ali tem mais um mundo de sabores, aromas e texturas a serem saboreados. Os encantos se sucedem, misturados à alegria de estar com minha querida. Estar com pessoas que amamos transforma a viagem numa venturosa aventura. Leve, divertida, agradável. Juntas, desbravamos cada curva, cada reta, cada canto que salte tentadoramente aos olhos.
A sensação de liberdade trazida pelo carro que engole distâncias, confortavelmente, acentua-se a cada novo horizonte explorado. Mais um parque e outro e outro mais. Registrados na memória e nas lentes da câmara que aprendo a manejar, explorando melhor os recursos que já existiam nela, sem que soubesse. Conquistas e realizações que enchem de satisfação por ser simplesmente quem se é. Por desfrutar dos bons momentos que a vida proporciona. Agradecida por ter recursos disponíveis para isso, conquistados dia a dia. Agradecida as pessoas, anjos ao redor, que estimulam e incentivam, as vezes de forma clara e direta, as vezes simplesmente sendo quem são, sem a mínima noção do bem que fazem.
Avatar visto em cinema digital e 3D, num shopping luxuoso. Os sustos com o trailer de Como domesticar seu dragão e a certeza que uma nova era se iniciou na apresentação dos filmes. As telonas ganharam novamente seu espaço, superando os DVDs e a pipoquinha caseira.
Uma pausa no cotidiano, apenas um final de semana, e todo um gosto novo e atraente na boca, um brilho no olhar, cenas guardadas amorosamente no meu baú de preciosidades, a me revigorar e encantar.
Não sei qual das versões gosto mais, She ou Tous les visages de l`amour. Ambas são magníficas. Que bom saber que um homem pode amar assim uma mulher! Ainda em homenagem a nós mulheres!
Todos os rostos do amor...
Toi, par tes mille et un attraits Tu... por teus mil e um atrativos Je ne sais jamais qui tu es Jamais saberei quem tu és... Tu changes si souvent de visage et d'aspect Tu mudas frequente de rosto e de aspecto...
Toi quelque soit ton âge et ton nom Tu... quaisquer que sejam tua idade e teu nome Tu es un ange ou le démon Ora és um anjo... ora um demônio Quand pour moi tu prends tour à tour Quando para mim tomas volta a volta Tous les visages de l'amour Todos os rostos do amor...
Toi, si Dieu ne t'avait modelé Tu... se deus não te houvesse modelado Il m'aurait fallu te créer Ele me faria a necessidade de criar-te Pour donner à ma vie sa raison d'exister Para dar à minha vida razão de existir...
Toi qui est ma joie et mon tourment Tu... que és o meu prazer e o meu tormento Tantôt femme et tantôt enfant Tanto és mulher... tanto és criança... Tu offres à mon cœur chaque jour Ofereces-me ao coração em cada dia Tous les visages de l'amour Todos os rostos do amor...
Moi, je suis le feu qui grandit ou qui meure Eu... eu sou o fogo que se inflama ou que morre Je suis le vent qui rugit ou qui pleure Eu sou o vento que ruge ou que chora Je suis la force ou la faiblesse Eu sou a força ou a fraqueza...
Moi, je pourrais défier le ciel et l'enfer Eu... eu poderei desafiar o céu e o inferno Je pourrais dompter la terre et la mer Eu poderei superar a terra e o mar Et réinventer la jeunesse E reinventar a juventude...
Toi, viens fais moi ce que tu veux Tu... vem fazer de mim o que quiseres Un homme heureux ou malheureux Um homem feliz ou infeliz... Un mot de toi je suis poussière ou je suis Dieu Uma palavra tua e serei pó ou serei deus...
Toi, sois mon espoir, sois mon destin Tu... sê minha esperança... sê meu destino J'ai si peur de mes lendemains Eu tenho medo dos meus amanhãs... Montre à mon âme sans secours Mostra à minha alma sem socorro Tous les visages de l'amour Todos os rostos do amor...
Toi ! tous les visages de l'amour Tu... Todos os rostos do amor......
As muito feias que me perdoem Mas beleza é fundamental. É preciso Que haja qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture Em tudo isso (ou então Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República [Popular Chinesa). Não há meio-termo possível. É preciso Qu tudo isso seja belo. É preciso que súbito Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da [aurora. É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso Que tudo seja belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas Lembrem um verso de Eluard e que se acaricie nuns braços Alguma coisa além da carne: que se os toque Como ao âmbar de uma tarde. Ah, deixai-e dizer-vos Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, então Nem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma boca Fresca (nunca úmida!) e também de extrema pertinência. É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas No enlaçar de uma cintura semovente. Gravíssimo é, porém, o problema das saboneteiras: uma mulher sem [saboneteiras É como um rio sem pontes. Indispensável Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida A mulher se alteie em cálice, e que seus seios Sejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barroca E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de 5 velas. Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal! Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxas E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!) Preferíveis sem dúvida os pescoços longos De forma que a cabeça dê por vezes a impressão De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos Discretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na face Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior A 37° centígrados podendo eventualmente provocar queimaduras Do 1° grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro da paixão Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros. Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que, se se fechar os olhos Ao abri-los ela não mais estará presente Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber O fel da dúvida. Oh, sobretudo Que ele não perca nunca, não importa em que mundo Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre O impossível perfume; e destile sempre O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
Claro que o corpo não é feito só para sofrer, mas para sofrer e gozar. Na inocência do sofrimento como na inocência do gozo, o corpo se realiza, vulnerável e solene.
Salve, meu corpo, minha estrutura de viver e de cumprir os ritos do existir! Amo tuas imperfeições e maravilhas, amo-as com gratidão, pena e raiva intercadentes. Em ti me sinto dividido, campo de batalha sem vitória para nenhum lado e sofro e sou feliz na medida do que acaso me ofereças.
Será mesmo acaso, será lei divina ou dragonária que me parte e reparte em pedacinhos? Meu corpo, minha dor, Meu prazer e transcendência, És afinal meu ser inteiro e único.
“Mesmo que nossas próprias escolhas infelizes nos tenham desviado do curso – para muito longe de que precisamos – não vamos perder a fé, porque no interior da alma está o dispositivo de orientação de retorno. Todas nós podemos encontrar nosso caminho de volta.”
Agora temos manhãs de abril em março! O vento sopra e sopra, fresco. O verde salta aos olhos em multiplos tons, A luminosidade relfete-se nas folhas em tons brilhantes. As plantas exalam seu perfume, Um convite ao caminhar e desfrutar. Nossa, como é bom viver assim!
Para um Circulo de Mulheres ser seguro Ele precisa ser um útero para novas possibilidades, Onde a mulher e seu sonho possam ser sustentados Quando ainda estão com contornos pouco nítidos E ainda no escuro. Um Círculo seguro sustenta, em confiança, O sonho daquilo que ela poderá vir a ser E alimenta a possibilidade.
Um Círculo de Mulheres é um espelho multifacetado No qual cada uma se vê refletida. O que cada uma vê de si mesma nas palavras E nos gestos das demais Depende da capacidade de cada mulher, como espelho, De ser clara e compassiva. O que nós vemos depende da qualidade dos espelhos E da iluminação, Que podem ser bondosos ou não para nós, Por mais que a imagem seja verdadeira. O que enxergamos em nós mesmas, Pode ser trabalhado e transformado.
Quando existe sabedoria, Amor, Honestidade E espaço para erros, O Círculo é mais Do que “bom o suficiente”. É uma obra de arte criativa em andamento.
"Todos nós já cometemos o erro de pensar que uma outra pessoa podia ser nossa cura, nossa emoção, nossa realização. Leva muito tempo para se descobrir que isso não existe, especialmente porque colocamos o ferimento na parte externa em vez de ministrar-lhe a cura dentro de nós."
Que me quer este perfume? Nem sequer lhe sei o nome. Sei que me invade a narina como incenso de novena. Que me passeia no corpo como os dedos tangem harpa. E me devolve ao pretérito e a um ser de lava, quimérico, ser que todo se esvaía pela porta dos sentidos, e do mundo em que saltava, qual dum espelho lascivo, retirava a própria imagem na pura graça da origem... Cheiro de boca? de casa? de maresia? de rosa? Todo o universo: hipocampo no mar celeste do Tempo.
Eu continuo encantada com os orgãos dos sentidos e a "milagrosa" capacidade do ser humano de captar o mundo. Cheiros, aromas, odores, repletos de memória, de cores, sensações e sabores dessa incrível viagem que é o viver!
Esse é um daqueles filmes eternos. A música é convidativa, envolvente, inesquecível. A história é um tributo a capacidade humana de transformar-se. As mulheres são especiais, mesmo! O roteiro, a fotografia, imperdível! E isso é apenas para dar vontade de ver de novo e de novo....
Os aromas chegam pelo nariz, tocam diretamente o coração e, alguns deles fixam-se na lembrança para sempre.
O interessante dessa relação entre cheiro, emoção e memória é que: como cada um de nós tem um cheiro próprio, e como cada interação com um outra pessoa nos provoca emoções, tendemos a associar à lembrança que temos de alguém a um odor específico. Assim, quando sentimos o cheiro que remete à emoção provocada por àquela pessoa, sentimos as mesmas emoções que tínhamos, ou temos, quando estamos com ela. Ou seja, é quase impossível dissociar cheiro de afeto.
_ Suposições. _ Em que sentido? Você supõe supõe que as coisas irão bem e elas não vão _ a isto chama azar. Supõe que as coisas irão mal e elas não vão _ a isto chama sorte. Supõe que certas coisas irão ou não acontecer _ e na mais absoluta falta de intuição, não sabe o que irá acontecer. Você supõe que o futuro é desconhecido. Quando você é surpreendido - a isso chama Destino.
"A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que ‘é eu te desejo’, e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir ( a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.”
Antes, todos os caminhos levavam até você.
Por vezes íngremes, por vezes escorregadios,
A paisagem nem sempre bela,
A plenitude do encontro compensava tudo.
Se caia, seu encorajamento me dava forças para levantar,
Se me perdia, sua voz e seu cheiro eram a bússola mais precisa.
Se tinha frio ou medo, o som do seu coração confortava e aquecia,
Se me alegrava, em seus braços comemorava!
Hoje o caminho que vejo é de chão batido.
A mata cerrada traz frescor, o traçado é bem definido.
A luz que me rodeia mostra apenas o próximo passo
Não sei o que me aguarda logo ali adiante.
Apenas sigo, compassadamente,
sem expectativa ou temor.
Coloco um pé diante do outro para cumprir o meu destino,
Num intrigante e envolvente mistério.
Troco um cheiro de momento por um cheiro de eternidade, Um cheiro de lar por um cheiro de aconchego. Um cheiro de controle por um cheiro de liberdade, Um cheiro de obrigação por um cheiro de prazer. Troco um cheiro de paz por um cheiro de união, Um cheiro de dependência, por um cheiro de autonomia. Troco um cheiro de frieza por um cheiro de emoções, Um cheiro de escuriddão por um cheiro de luz. Troco um cheiro de sorriso por um abraço apertado, Um cheiro de autosuficiência por um cheiro de feminilidade, delicadeza, Um cheiro de melancolia por um cheiro de alegria.
Este poema foi produzido pelas pessoas presentes no primeiro encontro da Ciranda das Mulheres,dia 03/março/2010. Baseado no poema de Roseana Murray, Colecionador.
Troco um cheiro de ausencia por um cheiro de chegada.
Esse foi acrescentado, deliciosamente, pela nossa querida amiga ausente no dia!
Nasrudin postou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão: - Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício? Logo juntou-se um grande número de pessoas, com todo mundo gritando: - Queremos, queremos! - Excelente! Era só para saber. Podem confiar em mim, que lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim.
Diz a lenda que na época do Rei Artur houve um momento onde o reinado atravessava uma crise terrível. Tentaram de todas as formas contornar a situação mas foi em vão. Só havia uma pessoa que poderia ajudá-los, uma bruxa horrenda. Percebendo que não havia outro recurso, foram procurá-la e ela impôs uma condição para salvar o reino: casar-se com um jovem da corte. Ela era tão feia, grotesca, que o Rei Artur nem ousou contar ao jovem o que ela havia dito. Mas, ele soube por outros meios e ofereceu-se para o sacrifício. Consternado, vendo que não encontraria outra saída, Artur aceitou. As bodas foram acertadas e no dia do combinado, o reino cobriu-se de pesar, vendo um jovem tão educado, talentoso e bonito quanto ele, casando-se com uma pessoa tão desagradável, de modos tão grosseiros. De qualquer forma, realizou-se o casamento. Ao chegar no quarto nupcial, como quem se prepara para um sacrifício, o jovem foi tomado de espanto. Esperava-o uma mulher encantadoramente bela, gentil e carinhosa. Ela perguntou-lhe assim: _ O que você quer? Uma bruxa horrenda durante o dia, grosseira e mau educada; e uma deusa na cama, atraente e sensual OU uma mulher esplendorosa durante o dia, para exibir aos seus amigos e a todo o reino e uma bruxa com quem se deitar a noite? ............
Ele pensou e pensou e então lhe disse: _ Escolha você, o que for melhor para você está bem para mim, eu a respeito. _ Muito bem disse ela, como você me deixou escolher, você terá a mulher linda, elegante e bem educada durante todo o tempo, tanto de dia quanto de noite. E foi assim , que aquilo que seria uma tragédia tornou-se um verdadeiro conto de fadas.
A mulher quer ser valorizada, ela quer ser ouvida, ela quer que suas necessidades e anseios sejam levados em consideração pelos que a rodeiam. Para isso, a mulher pode oferecer a face megera ou a face deusa. Pense nisso!
"Colecionador de cheiros troca um cheiro de cidade por um cheiro de neblina/ um cheiro de gasolina por um cheiro de chuva fina/ um cheiro de cimento por um cheiro de orvalho no vento."
Roseana Murray, Classificados Poéticos
Eu troco calor e aridez do concreto Por frescor e ondulação de montanha.
Seca tuas lágrimas e nada temas. A alegria perdida há de voltar sob outra forma.
Vem do leite da mãe o primeiro gozo da criança: mais tarde o prazer virá do doce sabor do vinho.
A alegria suprema não conhece repouso, passa de uma forma a outra. num trânsito incessante entre o céu e a terra.
Vem do firmamento como chuva e se infiltra na terra, para de novo subir como um mar de rosas.
Aparece aqui como água, ali como um prato de arroz; agora é uma árvore vergada, mais tarde um cavalo e seu dono. Reside nas formas por um tempo, logo irrompe e torna-se outra coisa.
Há muitos anos os chineses desafiaram os gregos para decidir quem entre eles eram os pintores mais hábeis. O sultão os trancafiou em dois edifícios construídos para este fim, um frente ao outro e ordenou-lhes que dessem uma mostra de sua arte. Os pintores das duas nações rapidamente aplicaram-se em seu trabalho. Os chineses pediam e obtinham do rei grandes quantidades de cores todos os dias, porém os gregos não pediam nada. Todos trabalhavam no mais absoluto silêncio, até que os chineses, com um grande ressoar de címbalos e trompetes, anunciaram o final de seus trabalhos. Imediatamente o rei, junto de sua corte, apressou-se a visitar o templo deles, onde ficou admirado pelo maravilhoso esplendor da pintura chinesa e a preciosa beleza das cores. Enquanto isso os gregos, que não pretenderam adornar os muros com pinturas, havendo sim trabalhado para eliminar qualquer cor, retiraram o véu que escondia seu trabalho. Então, para admiração de todos, a múltipla variedade de cores se viu refletida de forma ainda mais bela e delicada nos muros do templo grego pelos raios do sol do meio-dia.
Rumi, inspirado em Al- Gazzali Ilustra o fato que, para os sufis, o coração deve manter-se puro e tranquilo como um espelho sem manchas.
" Passei a minha vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, eu cometia outro. Sou uma culpada inocente."
Cresci ouvindo meu pai declamar essa poesia, uma das preferidas dele. Ainda há bem pouco tempo ele o fêz novamente, e é sempre um presente precioso ouvi-lo. Sem contar a beleza e sabedoria do soneto, claro.
Hoje recebi-o da querida Lucinha, avivando a memória em tão boa hora.