quinta-feira, 4 de março de 2010

Alegoria dos artistas gregos e chineses

Há muitos anos os chineses desafiaram os gregos para decidir quem entre eles eram os pintores mais hábeis. O sultão os trancafiou em dois edifícios construídos para este fim, um frente ao outro e ordenou-lhes que dessem uma mostra de sua arte. Os pintores das duas nações rapidamente aplicaram-se em seu trabalho. Os chineses pediam e obtinham do rei grandes quantidades de cores todos os dias, porém os gregos não pediam nada. Todos trabalhavam no mais absoluto silêncio, até que os chineses, com um grande ressoar de címbalos e trompetes, anunciaram o final de seus trabalhos. Imediatamente o rei, junto de sua corte, apressou-se a visitar o templo deles, onde ficou admirado pelo maravilhoso esplendor da pintura chinesa e a preciosa beleza das cores. Enquanto isso os gregos, que não pretenderam adornar os muros com pinturas, havendo sim trabalhado para eliminar qualquer cor, retiraram o véu que escondia seu trabalho. Então, para admiração de todos, a múltipla variedade de cores se viu refletida de forma ainda mais bela e delicada nos muros do templo grego pelos raios do sol do meio-dia.

Rumi, inspirado em Al- Gazzali
Ilustra o fato que, para os sufis, o coração deve manter-se puro e tranquilo como um espelho sem manchas.

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